- Será que é aqui que pega o ônibus?... Ô moça: o ônibus que vai pra Vila São Sebastião passa aqui nessa parada?
- Passa sim. Eu vou nesse também. Se tu quiser eu te aviso quando ele chegar.
- Ah, obrigada. – Camila foi aos poucos se afastando da senhora a quem pediu informação, com medo que ela desejasse interagir.
- Olha o tipo de gente que pega esse ônibus. Como eu fui me meter nisso. Foco Camila, foco. É o teu futuro que está em jogo. E daí também se eu for assaltada. Nem tenho dinheiro mesmo. Um celular novo eu consigo rapidinho. Se alguém ainda fizesse o favor de me matar... Hahahaha. Eu estou indo de mau a pior...
- Guria. É esse o ônibus. - A senhora a tirou daquele transe em que ela amava entrar.
- Obrigada.
Camila pediu ao cobrador que a avisasse quando chegasse a sua parada, assim como o Caio a orientara, mas ela estava muito aflita, já que fazia quase 40 minutos que ela subira no ônibus. E se ela se atrasasse e o Caio não a esperasse? Era o seu maior medo, afinal, tudo iria por água abaixo.
Antes de perguntar pela quarta vez ao cobrador se já não havia passado a parada, ele a chamou e disse que seria a próxima.
- Ah, não agüentava mais. E é verdade o Super Mercadão é bem aqui... e olha lá o Caio. – Caio estava escorado em um muro ali perto. Ele parecia tão bonito. Camila ficou ali, parada, observando enquanto ele se aproximava aos poucos.
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